sexta-feira, 5 de outubro de 2018

a solidão de sermos dois no Centro Nacional de Cultura


E se, na busca do pai desconhecido, descobrirmos, com sobressalto, que o preferimos ausente?




Um romance contemporâneo que nos faz acompanhar uma família em busca da sua identidade. Uma história cravejada pelo trauma do abuso, a figura do predador, a sombra do incesto. Um périplo romanesco contemporâneo que nos transporta numa viagem com paragens tão dispares quanto Lisboa e Irlanda, África e Neve Shalom, algures entre Israel e a Palestina.  Tudo cabe em A Solidão de Sermos Dois, uma obra da escritora lisboeta Maria João Carrilho, autora de livros como Praça do Império, com a chancela da Guerra e Paz Editores.
Ninguém é completamente bom nem completamente mau: o lema da protagonista desta história. Eliza - Liza para os que ama – é uma jovem lisboeta que cresceu sem conhecer as suas verdadeiras origens. O romance ganha forma, quando Liza se depara com o desejo de querer encontrar o seu pai que nunca conheceu, à medida que vai enfrentando os agoiros que a afetam a si, a Laura, a sua mãe e a Flora, a sua tia.
Mas e se, na busca do pai desconhecido, descobrirmos, com sobressalto, que o preferimos ausente? Para descobrir apenas é preciso virar a página.
O que é certo é que A Solidão de Sermos Dois já está a despertar opiniões. Desde logo a do poeta António Carlos Cortez, que após a leitura desta obra afirma: «Ao estado geral da arte do romance em Portugal, Maria João Carrilho responde com um saber técnico da narrativa. Três vozes femininas contam, dos anos 60 à atualidade, um modo de viver o tempo, a memória e o amor, aceitando-se a lição do verso de Ruy Belo – na solidão acompanhada vivemos».
Mas o verso do poeta e ensaísta português não é caso órfão, a autora inspira-se ainda nas obras de David Mourão Ferreira, Amália Rodrigues e Carlos Tê. Referências basilares para o trabalho de Maria João Carrilho neste livro a não perder.
 in Centro Naconalde Cultura


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

a solidão de sermos dois , n'As Leituras do Corvo







Mas é na escrita que está o encanto. Numa história em que as figuras centrais tanto despertam amor como aversão e em que os mistérios e experiências alcançam tudo menos uma resolução absoluta, é a escrita que sustenta o equilíbrio global. Pois as palavras fluem com naturalidade, dão vida às emoções e transbordam da estranha melancolia que parece preencher toda a narrativa. O resto da vida pode ficar sem resposta - mas a alma essencial das personagens está lá. Nas palavras.

  

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Traz um amigo -também








Feira do Livro
Encontrar amigos, novos e velhos, trocar impressões sobre literatura, a vida, tudo isto e muito mais bebemos perto dos livros. Aqui, com o Bruno Vieira Amaral e o Grupo de Leitores da Biblioteca de Oeiras. Na assistência, grandes amigos a suportar estoicamente a canícula . Melhor que os livros , só mesmo as pessoas.